situação de alerta

Santa Maria tem 47 focos do mosquito Aedes aegypti em 19 bairros. Veja os locais

Dandara Flores Aranguiz


Santa Maria é uma das 93 cidades gaúchas em situação de alerta para infestação do mosquito Aedes aegypti, que é o transmissor de dengue, zika e chikungunya. O município é um dos 305 no Estado que fizeram o quarto Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa), cujos dados foram divulgados no dia 30 de novembro.

De acordo com a Vigilância em Saúde de Santa Maria, a cidade vive uma situação de média infestação e possui 47 focos do mosquito espalhados por 19 bairros (veja no mapa acima). Os dados são referentes às inspeções realizadas no período de 15 de outubro a 14 de novembro. Do total de focos, 96,04% foram encontrados nas residências, e apenas 3,96%, em terrenos baldios, o que preocupa as autoridades.

- É importante a população entender que a maioria dos focos não é em pontos estratégicos, sucatas ou borracharias, é exatamente nas residências. Então, a principal forma de prevenção é a população fazer a parte dela. Santa Maria é uma cidade universitária e que recebe muita gente de fora, o que faz dela uma cidade vulnerável - aponta Alexandre Streb, superintendente de Vigilância em Saúde.

Alunos de escola municipal fazem ação de prevenção ao mosquito transmissor da dengue em Santa Maria

Conforme os dados do último levantamento, foram inspecionadas 3.185 residências, o que representa 2,5% dos imóveis da área urbana do município. Os bairros Nova Santa Marta e Lorenzi são os que concentram o maior número de focos, sendo sete em cada um deles (confira, acima, na imagem, os bairros onde há focos).

Por enquanto, não há nenhum caso confirmado ou em suspeita de contaminação viral na cidade, mas os dados servem de alerta nesta época do ano, já que o Aedes tem sua circulação intensificada no verão em virtude da combinação da temperatura mais quente e das chuvas.

- Temos uma infestação de mosquitos, mas não tivemos nenhum caso ainda. Acreditamos que isso esteja muito próximo de acontecer. Ocorreram vários casos em Santiago recentemente - comenta Alexandre Streb.

AÇÕES
Durante o ano, os agentes de saúde da Vigilância Ambiental visitam, a cada 15 dias, 190 pontos estratégicos espalhados por Santa Maria para fazer o monitoramento. Além disso, a prefeitura também faz o levantamento de índice nas residências, com visitas in loco, e tratamento com larvicida em recipientes e eliminação de potenciais focos de larvas do mosquito Aedes aegypti.

Na última sexta-feira, a equipe vistoriou o Cemitério Ecumênico Municipal, na Avenida Dois de Novembro, no Bairro Patronato. O cemitério é um dos pontos estratégicos monitorados duas vezes por mês. Na ocasião, foram coletadas algumas amostras de larvas encontradas em vasos de vidro e de plástico com flores depositadas nos túmulos.

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Além disso, também é feita a verificação de denúncias recebidas pelo setor. Há três formas de denunciar potenciais focos de mosquito: presencialmente, na sede da Superintendência de Vigilância em Saúde (Rua Tuiuti, 1.926, Centro), pelo disque denúncia 150, do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), e pela Ouvidoria da prefeitura, pelo canal 156. O denunciante precisa se identificar, mas o anonimato é mantido.

FOCO NA CIDADE

  • Os dados do quarto Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) são referentes às inspeções realizadas no período de 15 de outubro a 14 de novembro e apontam a existência de 47 focos do mosquito na cidade, distribuídos em 19 bairros
  • Dos focos, 96,04% foram encontrados nas residências e 3,96% em terrenos baldios
  • Foram inspecionados 3.185 imóveis, o que representa em torno de 2,5% dos imóveis da área urbana do município

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